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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

UM CAOS PI(N)TORESCO!

Outro dia, eu folheava o meu antigo livro de História do 12º ano, e encontrei nele uma imagem de um quadro de Pet Mondrian, de seu nome Composição. Aquele quadro é considerado uma das grandes obras do Neoplasticismo. Mas... algo se passa! Eu, por mais que olhasse para o quadro, apenas via quatro linhas cruzadas, num fundo branco e do lado inferior esquerdo, totalmente pintado de vermelho! Enquanto, haviam pessoas que viam mundos e fundos na mensagem daquele- dito!- quadro.
Parei e pensei: "Alguma coisa está mal aqui!", e cheguei a uma conclusão: ou sou um ignorante insensível, ou a maioria das pessoas são influenciáveis a ponto de admirarem uma tela com quatro riscos.
Pois, actualmente, eu não considero, o que se chama de pintura, arte.
A verdadeira arte, para mim, é a pintura renascentista, como Bosch, Da Vinci, Miguelangelo, Donatello, Rafael, etc. Esse, sim é o estilo de pintura, que podendo ser fantasiosa, mostra a realidade.
A Ponte de Westminster de Derain, parece- me uma pintura realizada por uma criança de sete anos. O Homem com Clarinete, de Picasso, não passa de um conjunto de riscos simétricos, que nada tem a haver com um homem com clarinete. O Mar Mediterrâneo em Marselha, de von Jawlewsky, assemelha- se a visão do mar da parte de um invisual daltônico... ou até mesmo ao mar, após a erupção do Krakatoa.
Poderia referir muitos mais "pintores", como Balla, Gris, Kandinsky, Malevitch, Munch (com o seu famoso O Grito, que mais parece um extraterrestre a fugir após ver a confusão que é a Terra) e Picabia.
Não faço esta crónica com o intuito de deitar abaixo- nem nunca o conseguiria, pois quem sou eu?- estes estilos e estes pintores, mas sim com o intuito de separar o trigo do joio. Pois acho que nunca será comparável o valor da pintura renascentistacom a pintura contemporânea. Digamos que a imaginação humana esgotou durante séculos e agora contentam- se com alguns riscossem o mínimo sentido, ou então a percepção humana foi- se aguçando tanto que, em apenas um risco, já se consegue ver milhares de coisas.
Critico imenso os críticos de artes- alguém teria que o fazer algum dia!- que nos impõe nomes, estilos e opiniões, e aceitamos muito brandamente, as suas imposições, só por serem licenciados em Belas Artes. Uma coisa é certa, todos vemos o mesmo, mas todos temos interpretações diferentes delas.

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