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sexta-feira, 20 de junho de 2008

FICOU-SE PELO QUASE!!!

Não podia deixar de escrever uma nota sobre a Selecção!
No grave momento que Portugal passa, a Selecção Nacional foi e será sempre o que uniu as pessoas a olharem numa única direcção: o desejo da vitória!
Apesar de ser brasileiro, torci por Portugal neste Campeonato da Europa, como torço pelo Brasil noutra competição qualquer! Não pelo facto do seleccionador ser brasileiro, mas sim por Portugal: a terra que me acolheu, e que me viu crescer, e que vivo actualmente!
Mas, não se pode deixar de fazer um pequeno balanço deste Euro! Após o jogo com a Rep. Checa, em que Portugal mostrou muitissimo futebol, a Selecção parece ter entrado numa fase de "aparvalhoamento" completo. Foi a notícia da transferência do Seleccionador para o Chelsea;a irritante politica do jornalismo desportivo, que mais se interessava pela transferência do Cristiano Ronaldo, que pela condição da Selecção; a derrota infantil perante a Suiça, onde Portugal mostrou as suas reais falhas em seu futebol; e até o facto de Portugal ser o único dos primeiros dos grupos a não conseguir o "pleno".
Mas a Imprensa desportiva também não ajuda nada, e como Ricardo falou numa conferência de imprensa, mais pareciam "profetas da desgraça" que propriamente jornalistas... à espera de um erro de Portugal, para terem oque escrever.
Mas, não é sobre isso que vim propriamente escrever.
Vim escrever, mais sobre o ambiente que Portugal viveu, e até Nespereira. Encontravam- se cafés cheios, apinhados mesmo, de gente, todos coloridos de verde e vermelho, a olharem para o ecrã. No Imigrante, um café, onde por tradição, vou sempre ver as fases finais das competições da FIFA ou da UEFA, assisti com extrema ansiedade e esperança, a vitória de Portugal! Coisa que não veio acontecer! Víamos toda a gente, a gemer, pelas falhas do Moutinho e do Pepe, pela cabeçada falhada do Nuno Gomes, e o gritar de Golo,de forma efusiva e esperançosa pelos adeptos. O acreditar sempre, foi um factor que não faltou do primeiro ao último minuto, da parte dos adeptos.
Chegou-se no final, e a tristeza e a revolta era a cara dos adeptos. Tristeza, pelo valor da selecção, e não conseguir ir mais longe, e revolta pelo facto de ver Portugal sofrer golos com erros tão básicos, como o que foram. Digo mesmo, que, penso que Ricardo, assinou ontem a sua despedida da Selecção- pelo menos como titular!
Mas, no final, o meu sentimento era, como disse até no café ao meu amigo Vítor Andrade, que o sentimento que passava dentro de mim "era como se uma mulher me tivesse traído... dava vontade de apanhar a bebedeira!" Mas, pronto! Acabou a festa, e acabou a magia do Euro.
Mas mesmo assim, acho que se deve um certo reconhecimento da parte do público e dos adeptos, ao trabalho do Seleccionador Luiz Felipe Scolari, e de seus jogadores.
Pois, "Felipão" conseguiu, nos últimos anos, levar Portugal a um nível intercionalmente invejável, batendo Brasil, Argentina, Holanda, Espanha... os grandes monstros do futebol internacional. Coisa, que até ao momento, não se tinha conseguido. Sente-se mais frustração, talvez pela derrota do Euro 2004, que propriamente, por este...
Outra coisa, que eu acho, é o excessivo massacre, e atribuição de responsabilidades à Cristiano Ronaldo. Mas, para mim, Cristiano Ronaldo, não deixa de ser o melhor jogador de futebol do Mundo- actualmente- mas... não tem ainda maturidade suficiente, para enfrentar grandes desafios... assim como Figo, que para mim, será sempre- e é esta a minha opinião- o melhor jogador da Selecção Portuguesa, de sempre! Bosingwa, esteve bem, assim como, Deco, Simão,João Moutinho, Petit e Nuno Gomes. Pepe, também foi uma das referências a guardar, apesar de estar incluído no erro do primeiro golo da Alemanha.
Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, C. Ronaldo, e Ricardo, tiveram um Euro para esquecer.
Mas, não vale a pena crucificarmos, quem quer que seja, na Selecção. Perdeu- se, e eram 11 em campo. E milhões a torcerem por Portugal, que era movida a força de vencer.
Mas não chegou a força... é preciso inteligência para vencer!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

EUROPA A FERRO E FOGO, E O PAÍS A CAMINHAR PARA UM ABISMO!

Neste momento, Portugal encontra- se num estado lastimável, a nível social!
Portugal habituou-se a viver desde os primórdios do Governo de Cavaco Silva, a um nível de vida europeu elevado, devido aos altos subsídios que nos eram facultados pela- então, na altura- Comunidade Económica Européia. Subsidios, que eram supostos serem incentivos financeiros ao desenvolvimento económico e financeiro do país, mas que uma grande parte dos portugueses preferiram aderir, e "desvia-los" para os seus bolsos particulares, a fim de poderem aproveitar-se desse dinheiro para aumentar o seu nível de vida.
Após vários anos de incentivos atrás de incentivos, Portugal começou a criar uma classe média alta, não derivada dos seus ganhos industriais, mas sim dos luxos a que esse mesmo encaixe financeiro estavam a dar. Carros de topo de gama, altos empréstimos, para grandes construções, e luxuosidades que o tempo permitia.
E esse mesmo tempo foi passando, e na altura que António Guterres, pegou no país, ainda conseguiu "camuflar" o desastre que se previa em Portugal. A validade entre a União Européia e Portugal sobre os acordos financeiros, estava se esgotando, e Portugal encontrava-se numa situação muito débil economicamente. Até aqui, apenas economistas e os membros do Governo, tinham a noção do estado do País.
E a classe média continuava a aumentar o seu nível de vida, adquirindo os grandes avanços de tecnologia, como telemóveis, computadores; a entregar quase tudo à banca, para adquirir empréstimos, para poderem viver luxuosamente.
Quando António Guterres desfez o seu Governo, e Durão Barroso o sucedeu, todos nos lembramos do célebre bordão do ex- primeiro ministro: " O País está de tanga!". E que tanga!
A partir daqui, todos os Governos tentaram equilibrar a economia de Portugal, mas constatou- se também que, além de viverem luxuosamente, para o Estado, Portugal era miserável! 60 % da população portuguesa, faz fuga ao fisco, e vivem de subsidios sociais, "arrancando" ao Estado, uns míseros milhões de euros, como se fossem mendigos! Mas são mendigos, que andam de Mercedes, tem 3 telemóveis, só andam com roupa de marca, e outras coisas mais. Este é o Portugal actual!
Mas prevê-se em Portugal, uma série crise social, que se aproxima, de forma lenta, mas que irá ser mortífera para muitos.
A sociedade actualmente, está descontente com o Governo, e manifesta-se, das mais variadas formas. Claro, que "picada" também pelos Sindicatos, e pela maior parte da oposição. São professores que se juntam, motoristas de camiões que bloqueiam as estradas, são os boicotes às gasolineiras, funcionários públicos que se manifestam.
O final disto só poderá ser um. Um grande conflito, que irá começar nas grandes cidades, e se desenvolverá por Portugal inteiro.
Nesta altura, Portugal não precisa de um primeiro ministro, pois actualmente, a sociedade olha para a classe politica com uma descrença total, e sabendo que independentemente do partido que estiver no poder, todos farão o mesmo, pois a classe politica é uma classe de "lobbies" e interesses, completamente elitistas. Portugal necessita sim, neste momento é de um Messias!
Assim como os judeus se virão condenados ao exílio eterno no Egipto, surgiu Moisés. Assim como as tribos árabes se viam condenadas à uma eterna guerra, surgiu Maomé. E nesta altura é disso que nós precisariamos.
Portugal também está condenado, assim como no século XIII, houve o célebre Exôdo Rural; nós estamos condenados à um Exôdo Urbano.
Todos sabemos que o custo de vida na cidade é maior que no campo. Com toda a crise financeira que basta vermos nos nossos bolsos, a vida na cidade tornará- se insuportável, além de que o nível de criminalidade aumentará de forma abismal, e o governo não terá maneira de aumentar os seus contingentes, derivado aos célebres e tão falados Orçamentos de Estado.
Assim, o desemprego aumentará nas cidades, provocando a já dita criminalidade. E a "mentalidade carioca"- como eu chamo!- se apossará dos portugueses! Ou seja, o crime deixará de ser um acto de aproveitamento da ingenuidade, ou do descuido de muitos, mas passará a ser um acto de sobrevivência! Sublinho, que o crime não compensa!
E com essa constatação, veremos, muitos cidadãos, saírem das grandes cidades, e voltarem para as terras de seus pais, ou seus avós. Regredindo no tempo, voltaremos a semear e a colher os nossos alimentos, para não morrermos à fome, nem dependentes dos altos preços, que a crise dos alimentos nos fará passar.
Não acredito, que Portugal consiga se equilibrar muito em breve... pelo contrário, acredito mais rápido em Portugal ser campeão mundial de râguebi, que no equilibrio económico e duradouro de Portugal, em breve!